5ª Semana do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio Comum - Ofício do dia
Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” – São Marcos
Antífona: Salmo 94,6-7 Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus.
Oração do Dia: Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Primeira Leitura: 1º Livro dos Reis 11,4-13
Já que não guardaste a minha aliança, tirar-te-ei o reino;
mas deixarei ao teu filho uma tribo, por consideração para com meu servo Davi
mas deixarei ao teu filho uma tribo, por consideração para com meu servo Davi
Quando Salomão ficou velho, suas mulheres desviaram o seu coração para outros deuses e seu coração já não pertencia inteiramente ao Senhor, seu Deus, como o do seu pai Davi. Salomão prestou culto a Astarte, deusa dos sidônios, e a Melcom, ídolo dos amonitas. Ele fez o que desagrada ao Senhor e não lhe foi inteiramente fiel, como seu pai Davi.
Foi então que Salomão construiu um santuário para Camos, ídolo de Moab, no monte que está defronte de Jerusalém, e para Melcom, ídolo dos amonitas. Fez o mesmo para todas as suas mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e ofereciam sacrifícios aos seus deuses.
Então o Senhor irritou-se contra Salomão, porque o seu coração tinha-se desviado do Senhor, Deus de Israel, que lhe tinha aparecido duas vezes e lhe proibira expressamente seguir a outros deuses. Mas ele não obedeceu à ordem do Senhor.
E o Senhor disse a Salomão: “Já que procedeste assim, e não guardaste a minha aliança, nem as leis que te prescrevi, vou tirar-te o reino e dá-lo a um teu servo. Mas, por amor de teu pai Davi, não o farei durante a tua vida; é da mão de teu filho que o arrebatarei. Não te tirarei o reino todo, mas deixarei ao teu filho uma tribo, por consideração para com meu servo Davi e para com Jerusalém, que escolhi”. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia (Ricardo e Marta / Com. São Paulo Apóstolo): Durante muito tempo Salomão pode contemplar a glória, o poder e a plena manifestação de Deus em sua vida, tudo devido a sua fidelidade e obediência para com o Criador. Infelizmente as alianças com povos estrangeiros que muito beneficiou sua ação política, também foi a causa de sua ruína. Salomão esqueceu quem era o seu Deus, a quem ele devia prestar culto, esqueceu diante de quem ele deveria se prostrar. Não foi Deus que castigou Salomão, na verdade, foi Salomão quem se afastou de Deus, e assim agindo quebrou a aliança de amor e fidelidade.
Devemos tomar o cuidado para que a aliança de amor e fidelidade firmada em nosso Batismo, também não seja quebrada, não por vontade ou castigo de Deus, mas por pura escolha nossa. O mundo em que vivemos está cheio de atrativos, de ídolos, de ofertas esplendorosas, muitas delas com certeza saltaram aos nossos olhos como sendo puras e necessárias, mas devemos ter um censo apurado de escolha, pois como diz o dito popular: “nem tudo que reluz é ouro”.
Salmo: 105(104), 3-4. 35-36. 37.40 (R. 4)
Lembrai-vos, ó Senhor, de mim lembrai-vos,
segundo o amor que demonstrais ao vosso povo!
segundo o amor que demonstrais ao vosso povo!
Felizes os que guardam seus preceitos / e praticam a justiça em todo o tempo! / Lembrai-vos, ó Senhor, de mim, lembrai-vos, / pelo amor que demonstrais ao vosso povo!
misturaram-se, então, com os pagãos, / e aprenderam seus costumes depravados. / Aos ídolos pagãos prestaram culto, / que se tornaram armadilha para eles.
pois imolaram até mesmo os próprios filhos, / sacrificaram suas filhas aos demônios. / Acendeu-se a ira de Deus contra o seu povo, / e o Senhor abominou a sua herança.
Evangelho segundo Marcos 7,24-30
Os cachorrinhos, debaixo da mesa,
comem as migalhas que as crianças deixam cair.
comem as migalhas que as crianças deixam cair.
Naquele tempo, Jesus saiu e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido.
Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio.
Jesus disse: "Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos". A mulher respondeu: "É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair".
Então Jesus disse: "Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha". Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliança): Cena dura de contemplar! A estrangeira, uma siro-fenícia, suplica a Jesus que liberte do demônio sua filhinha possessa. Jesus adia a resposta: antes dos “outros”, é aos “filhos” que cabe preferencialmente o pão do céu. Sim, missão de Jesus se dirigia primariamente ao Povo Escolhido, aos filhos de Abraão.
A siro-fenícia, além do mais, era uma “impura” aos olhos dos judeus. Na Fenícia estavam os centros comerciais de Tiro e Sidônia. Ali se fabricava a “púrpura”, corante de alto valor, obtido do esmagamento de um molusco abundante nessa região do Mediterrâneo, o “murex”. No litoral, acumulavam-se montanhas de carapaças de moluscos já descartados. O mau cheiro era muito forte. Daí, para um judeu, a “impureza” ritual. Some-se a isto o fato de os filisteus (de cultura fenícia) praticarem a ‘prostituição sagrada’ e adorarem falsos ídolos, como Astarte, que concorriam com o Senhor Javé, e temos aí o caldo de cultura suficiente para acirrar a inimizade entre os dois povos... Não admira que Israel, depreciativamente, chamasse de “cães” aos pagãos idólatras!
Mas a siro-fenícia – essa mulher admirável! – também tem uma filha. E se Deus sabe alimentar seus filhos com pão cotidiano, ela também está disposta a lutar por sua cria. Mesmo quando o Mestre faz o áspero contraste entre “filhos” e “cães”, ela se mantém firme. E com notável humildade (e bom senso!), sem se deixar afastar pela recusa inicial, diz a Jesus que nem de longe pretende usurpar o pão que cabe aos filhos, mas está de olho tão somente nas migalhas que os filhos deixam cair debaixo da mesa e, naturalmente... sobram para os filhotes dos cães... Por isso mesmo, sua fé insistente acaba atendida.
Ah! Como nós – os filhos – temos desperdiçado o pão que Deus nos dá! Pão da Palavra, fonte de sabedoria e luz interior, e que acaba empoeirado nas estantes... Pão da Eucaristia, que chega a mofar nos sacrários (sei disso por experiência pessoal)! Toda a “despensa” dos sacramentos, o baú precioso da vida dos santos, dos textos patrísticos, dos documentos do magistério eclesial! Pão em abundância, que os filhos desprezam em troca das bolachas tóxicas da TV e da literatura do anticristo... E Deus, vendo que os filhos desprezam seu pão, volta seu olhar para os estrangeiros, os não-povo, os goyim, e faz cair sobre eles o maná do céu, abrindo um novo êxodo na história da humanidade.
E nós? Agimos como filhos? Freqüentamos a mesa que o Pai preparou para nós?
LITURGIA COMPLEMENTAR
INTENÇÕES PARA O MÊS DE FEVEREIRO
Geral: Acesso a água - Para que todos os povos tenham acesso à água e ao que for preciso para o seu sustento diário.
Missionária: Agentes de saúde - Para que o Senhor ampare os esforços dos trabalhadores da saúde no seu serviço aos enfermos e idosos, sobretudo nas regiões mais empobrecidas.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento – NALC 44.
Fonte: CNBB – Missal Cotidiano
Adaptação: Ricardo e Marta
Comunidade São Paulo Apóstolo
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