5ª Domingo do Tempo Comum - 1ª Semana do Saltério
Prefácio dos domingos comum - Ofício dominical comum
Cor: Verde - Ano Litúrgico “B” – São Marcos
Antífona: Salmo 94,6-7 Entrai, inclinai-vos e prostrai-vos: adoremos o Senhor que nos criou, pois ele é o nosso Deus.
Oração do Dia: Velai, ó Deus, sobre a vossa família com incansável amor; e, como só confiamos na vossa graça, guardai-nos sob a vossa proteção. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Primeira Leitura: Livro de Jó 7,1-4.6-7
Encho-me de sofrimentos até ao anoitecer
Jó disse: “Não é acaso uma luta a vida do homem sobre a terra? Seus dias não são como os dias de um mercenário?
Como um escravo suspira pela sombra, como um assalariado aguarda sua paga, assim tive por ganho meses de decepção, e couberam-me noites de sofrimento. Se me deito, penso: Quando poderei levantar-me? E, ao amanhecer, espero novamente à tarde e me encho de sofrimentos até ao anoitecer.
Meus dias correm mais rápido do que a lançadeira do tear e se consomem sem esperança. Lembra-te de que minha vida é apenas um sopro e meus olhos não voltarão a ver a felicidade!" - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: Jó abandonando toda defesa inútil contra o acusador Elifaz, que via em sua dor uma culpa, considera sua vida dentro da dimensão da existência humana. Pensando bem, a vida é um duro trabalho. O homem tem uma vida de escravo, cheia de ilusões e preocupações.
Parecia que Jó só tinha duas saídas: pedir a Deus a morte, ou pedir-lhe que intervenha para salvá-lo. Jó senti-se inocente, por isso, dirigi-se a Deus com uma única oração: Lembrai-vos, termo técnico nas orações de Israel para lembrar a Deus a aliança, e portanto, a fidelidade.
Salmo: 146(147),1-2.3-4.5-6 (R. Cf. 3a)
Louvai a Deus, porque ele é bom e conforta os corações.
Louvai o Senhor Deus, porque ele é bom, / cantai ao nosso Deus, porque é suave: / ele é digno de louvor, ele o merece! / O Senhor reconstruiu Jerusalém, / e os dispersos de Israel juntou de novo.
ele conforta os corações despedaçados, / ele enfaixa suas feridas e as cura; / fixa o número de todas as estrelas / e chama a cada uma por seu nome.
É grande e onipotente o nosso Deus, / seu saber não tem medida nem limites. / O Senhor Deus é o amparo dos humildes, / mas dobra até o chão os que são ímpios.
Segunda Leitura: 1ª Carta de São Paulo aos Coríntios 9,16-19.22-23
Ai de mim, se eu não pregar o Evangelho
Irmãos: Pregar o Evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim, uma imposição. Ai de mim se eu não pregar o Evangelho!
Se eu exercesse minha função de pregador por iniciativa própria, eu teria direito a salário. Mas, como a iniciativa não é minha, trata-se de um encargo que me foi confiado. Em que consiste, então, o meu salário? Em pregar o Evangelho, oferecendo-o de graça, sem usar os direitos que o Evangelho me dá.
Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. Com os fracos, eu me fiz fraco, para ganhar os fracos. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. Por causa do Evangelho eu faço tudo, para ter parte nele. - Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: Aos que sustentam o princípio da liberdade adquirida em Cristo, Paulo faz notar como deve ela ser equilibrada pela lei da caridade, e reforça esta recomendação apelando para seu próprio exemplo.
Como Apóstolo, teria ele muitos privilégios, mas renunciou a isto e sempre pregou o evangelho gratuitamente, para não criar obstáculos ao apostolado.
Evangelho segundo Marcos 1,29-39
Curou muitas pessoas de diversas doenças
Naquele tempo, Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los.
À tarde, depois do pôr-do-sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. A cidade inteira se reuniu em frente da casa. Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era.
De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. E andava por toda a Galiléia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios. - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Antônio Carlos Santini / Com. Católica Nova Aliaança): Marcos afirma categoricamente que os demônios identificavam em Jesus o Messias prometido. E se tentavam dizê-lo pela boca de seus possuídos, eram prontamente silenciados pelo Mestre de Nazaré. Certamente, não convinha que isto fosse ventilado...
Em áspero contraste com o conhecimento dos demônios, contemplamos a ignorância dos homens, conforme registra São João no prólogo de seu Evangelho: “Ele (o Verbo de Deus) veio para o que era seu, e os seus não o acolheram.” (Jo 1,11.) Como explicar esta recusa?
E não foi por falta de sinais da parte de Jesus. Ele falava em nome do Pai e não escondeu sua filiação divina. Além dos milagres realizados – cegos que veem, surdos que ouvem, paralíticos que andam, mortos ressuscitados, tempestade acalmada, pães multiplicados – o próprio Jesus venceria a morte e retomaria sua vida. Nada disso foi suficiente para quebrar a incredulidade de seu povo. Como entendê-lo?
Uma das teorias a esse respeito é que Jesus Cristo não teria correspondido ao “modelo” de Messias que estava gravado no inconsciente coletivo de Israel. Esperava-se por um Libertador que devolvesse a Israel o brilho dos tempos salomônicos, expulsando para o mar os dominadores romanos. O excesso de politização teria impedido que reconhecessem a mansidão do Cordeiro que mandava guardar a espada na bainha...
Outra teoria afirma que Jesus foi recusado porque causava prejuízos... Sim, os dirigentes religiosos viram em Jesus uma ameaça para seu prestígio junto ao povo. Mais de uma vez suas artimanhas foram desmascaradas pelo Rabi. Os dirigentes políticos temiam que Jesus se transformasse em um guerrilheiro ou líder revolucionário, fazendo tremer os alicerces do poder. Exemplo desse “prejuízo” aconteceu quando Jesus expulsou os demônios para uma vara de porcos (cf. Mt 8,31-34) e estes se precipitaram no mar. De imediato, os criadores pediram que Ele fosse embora dali...
Se o pai de Francisco de Assis o deserdou porque o filho distribuía seus tecidos aos pobres, deve haver muita gente despachando Cristo de suas vidas com medo de prejuízos semelhantes.
E nós? Sabemos quem é Jesus Cristo em nossa vida? Ou também preferimos evitá-lo, temendo que nos cause prejuízos?
LITURGIA COMPLEMENTAR
INTENÇÕES PARA O MÊS DE FEVEREIRO
Geral: Acesso a água - Para que todos os povos tenham acesso à água e ao que for preciso para o seu sustento diário.
Missionária: Agentes de saúde - Para que o Senhor ampare os esforços dos trabalhadores da saúde no seu serviço aos enfermos e idosos, sobretudo nas regiões mais empobrecidas.
Cor Litúrgica: VERDE - Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Tempo Comum: O Tempo Comum começa no dia seguinte à Celebração da Festa do Batismo do Senhor e se estende até a terça-feira antes da Quaresma. Recomeça na segunda-feira depois do domingo de Pentecostes e termina antes das Primeiras Vésperas do 1º Domingo do Advento – NALC 44.
Fonte: CNBB – Missal Cotidiano
Adaptação: Ricardo e Marta
Comunidade São Paulo Apóstolo
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