Perfeita,
sempre Virgem Santa Maria, Mãe do Verdadeiro Deus, por quem se vive. Tu que na verdade és nossa Mãe Compassiva, te buscamos e te clamamos. Escuta
com piedade nosso pranto, nossas tristezas. Cura nossas penas, nossas
misérias e dores. Tu que és nossa doce e amorosa Mãe, acolhe-nos no aconchego do teu manto, no carinho de teus braços.
Que nada nos aflija nem perturbe nosso coração. Mostra-nos e manifesta-nos a
teu amado Filho, para que Nele e com Ele encontremos nossa salvação e a salvação
do mundo.
Santíssima Virgem Maria de Guadalupe, Faz-nos mensageiros teus, mensageiros da Palavra e da vontade de Deus. Amém.
Padroeira das
Américas - Em 1754,
escrevia o Papa Bento XIV: “Nela tudo é
milagroso: uma imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente
estéril, no
qual só podem crescer espinheiros; uma Imagem estampada numa tela tão rala que,
através dela, pode-se enxergar o povo e a nave da Igreja tão facilmente como
através de um filó; uma Imagem em nada deteriorada, nem no seu supremo encanto,
nem no brilho de suas cores, pelas emanações do lago vizinho que, todavia,
corroem a prata, o ouro e o bronze... Deus não agiu assim com nenhuma outra
nação.”
Nossa Senhora de Guadalupe também conhecida como “Virgem de Guadalupe”, como toda aparição
de Nossa Senhora, a que é venerada hoje é emocionante também. Talvez esta seja
uma das mais comoventes, pelo milagre operado no episódio e pela dúvida lançada
por um bispo sobre sua aparição a um simples índio mexicano.
Tudo se passou em 1531, no México, quando os missionários espanhóis já
haviam aprendido a língua dos indígenas. A fé se espalhava lentamente por essas
terras mexicanas, cujos rituais astecas eram muito enraizados. O índio João
Diogo - (nome recebido no batismo) pertencente à tribo
Nahua, cujo nome asteca era Cuauhtlatohayc, nasceu em 1471, em Cautitlán, perto da cidade do México - havia se
convertido e era devoto fervoroso da Virgem Maria. Assim, foi o escolhido para
ser o portador de sua mensagem às nações indígenas. Nossa Senhora apareceu a
ele várias vezes.
A primeira vez, quando o índio passava pela colina de Tepyac, próxima da
Cidade do México, atual capital, a caminho da igreja. Maria lhe pediu que
levasse uma mensagem ao bispo. Ela queria que naquele local fosse erguida uma
capela em sua honra. Emocionado, o índio procurou o bispo, João de Zumárraga, e
contou-lhe o ocorrido. Mas o sacerdote não deu muito crédito à sua narração,
não dando resposta se iria, ou não, iniciar a construção.
Passados uns dias, Maria apareceu novamente a João Diogo, que desta vez
procurou o bispo com lágrimas nos olhos, renovando o pedido. Nem as lágrimas
comoveram o bispo, que exigiu do piedoso homem uma prova de que a ordem partia
mesmo de Nossa Senhora.
Deu-se, então, o milagre. João Diogo caminhava em direção à capital por
um caminho distante da colina onde, anteriormente, as duas visões aconteceram.
O índio, aflito, ia à procura de um sacerdote que desse a unção dos enfermos a
um tio seu, que agonizava. De repente, Maria apareceu à sua frente, numa visão
belíssima. Tranqüilizou-o quanto à saúde do tio, pois avisou que naquele mesmo
instante ele já estava curado. Quanto ao bispo, pediu a João Diogo que colhesse
rosas no alto da colina e as entregasse ao religioso. João ficou surpreso com o
pedido, porque a região era inóspita e a terra estéril, além de o país
atravessar um rigoroso inverno. Mas obedeceu e, novamente surpreso, encontrou
muitas rosas, recém-desabrochadas. João colocou-as no seu manto e, como a
Senhora ordenara, foi entregá-las ao bispo como prova de sua presença.
E assim fez o fiel índio. Ao abrir o manto cheio de rosas, o bispo viu
formar-se, impressa, uma linda imagem da Virgem, tal qual o índio a descrevera
antes, mestiça. Espantado, o bispo seguiu João até a casa do tio moribundo e
este já estava de pé, forte e saudável. Contou que Nossa Senhora
"morena" lhe aparecera também, o teria curado e renovado o pedido.
Queria um santuário na colina de Tepyac, onde sua imagem seria chamada de Santa
Maria de Guadalupe. Mas não explicou o porquê do nome.
A fama do milagre se espalhou. Enquanto o templo era construído, o manto
com a imagem impressa ficou guardado na capela do paço episcopal. Várias
construções se sucederam na colina, ampliando templo após templo, pois as
romarias e peregrinações só aumentaram com o passar dos anos e dos séculos.
O local se tornou um enorme santuário, que abriga a imagem de Nossa
Senhora na famosa colina, e ainda se discute o significado da palavra
Guadalupe. Nele, está guardado o manto de são João Diego, em perfeito estado,
apesar de passados tantos séculos. Nossa Senhora de Guadalupe é a única a ser
representada como mestiça, com o tom de pele semelhante ao das populações
indígenas. Por isso o povo a chama, carinhosamente, de "La Morenita",
quando a celebra no dia 12 de dezembro, data da última aparição.
Foi
declarada padroeira das Américas, em 1945, pelo papa Pio XII. Em 1979, como
extremado devoto mariano, o papa João Paulo II visitou o santuário e consagrou,
solenemente, toda a América Latina a Nossa Senhora de Guadalupe.
Fonte:
Missal Cotidiano - Edições Paulinas
Foto retirada da internet
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
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