Estudo Bíblico: Evangelho de Marcos III
Capítulo
3,1-6 – O que é correto, fazer o bem ou
observar a lei?

Aplica-se a esta
pergunta à mesma linha de pensamento usada em “2,23-28 – Ao homem foi dado o
poder de dominar a terra”.
3,7-19
– Tu és o Filho de Deus
7. Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus
discípulos. Muita gente da Galiléia o seguia. 8. E também muita gente da
Judéia, de Jerusalém, da Iduméia, do outro lado do Jordão, dos territórios de
Tiro e da Sidônia, foi até Jesus, porque tinha ouvido falar de tudo o que ele
fazia. 9. Então Jesus pediu aos discípulos que arrumassem uma barca, para ele
não ficar espremido no meio da multidão. 10. Com efeito, Jesus tinha curado
muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal se jogavam sobre ele para
tocá-lo. 11. Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés gritando: "Tu
és o Filho de Deus!" 12. Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem
quem ele era. 13. Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E
foram até ele. 14. Então Jesus constituiu o grupo dos Doze, para que ficassem
com ele e para enviá-los a pregar, 15. com autoridade para expulsar os
demônios. 16. Constituiu assim os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; 17.
Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer
dizer "filhos do trovão"; 18. André, Filipe, Bartolomeu, Mateus,
Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão o cananeu, 19. e Judas Iscariotes,
aquele que depois o traiu.
Jesus sempre
procurou esconder as curas exatamente para evitar o que estava acontecendo,
pessoas vindas de toda parte, não para escutar os seus ensinamentos, mas pelo
simples fato dos milagres. É notório que todas as vezes que um demônio ficava
frente a frente com Jesus, a primeira reação era proclamar que ele era o Filho
de Deus. Seria uma bela profissão de fé se não fosse uma artimanha.
A jogada era desestruturar
Jesus, torná-lo vaidoso ou até mesmo enganá-lo demonstrando um falso
arrependimento (cair a seus pés), como mão estava dando certo partiram para o
plano “B”, fazer com que a fama de Jesus se tornasse tão grande ao ponto de
provocar a inveja e a ira dos sacerdotes.
3,20-30 – Quem blasfema contra o Espírito
Santo jamais terá perdão
20. Jesus foi para casa, e de novo se reuniu tanta gente que
eles não podiam comer nem sequer um pedaço de pão. 21. Quando souberam disso,
os parentes de Jesus foram segurá-lo, porque eles mesmos estavam dizendo que
Jesus tinha ficado louco. 22. Alguns doutores da Lei, que tinham ido de
Jerusalém, diziam: "Ele está possuído por Belzebu"; e também: "É
pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios." 23. Então Jesus
chamou as pessoas e falou com parábolas: "Como é que Satanás pode expulsar
Satanás? 24. Se um reino se divide em grupos que lutam entre si, esse reino
acabará se destruindo; 25. se uma família se divide em grupos que brigam entre
si, essa família não poderá durar. 26. Portanto, se Satanás se levanta e se
divide em grupos que lutam entre si, ele não poderá sobreviver, mas também será
destruído. 27. Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar suas
coisas, se antes não amarrar o homem forte. Só depois poderá roubar a sua casa.
28. Eu garanto a vocês: tudo será perdoado aos homens, tanto os pecados como as
blasfêmias que tiverem dito. 29. Mas, quem blasfemar contra o Espírito Santo,
nunca será perdoado, pois a culpa desse pecado dura para sempre." 30.
Jesus falou isso porque estavam dizendo: "Ele está possuído por um
espírito mau."
É interessante,
quando nossas ações não condizem com os parâmetros pré-estabelecidos a primeira
iniciativa das pessoas é acreditar que somos arruaceiros ou estamos agindo de
forma impensada. Veja o exemplo de alguns parentes de Jesus, tudo bem que
poderiam estar apenas zelando por sua integridade, já que devido suas ações estava
correndo risco de represália por parte das autoridades. Por outro lado, ficava
difícil acreditar que aquele rapaz que eles viram crescer e que conheciam sua
origem, pudesse ser o Messias.
Agora se
observarmos os escribas que são os interpretes da lei, aqueles que tinham a
autoridade de dizer o que se deve ou não fazer, aqueles que subjugavam o povo através
de severas imposições, não podiam permitir o avanço do ensinamento de Jesus já
que contradizia e comprometia todo o sistema vigente.
Concluímos que o
pecado dos parentes de Jesus não se tratava de um pecado contra o Espírito
Santo, já o dos escribas sim, tendo em vista que deliberadamente estavam
barrando a ação libertadora de Deus, impossibilitando o acesso ao Reino, tanto
deles como dos outros.
3,31-35
– Os parentes de Jesus são os que fazem a vontade de Deus
31. Nisso chegaram à mãe e os irmãos de Jesus; ficaram do lado
de fora e mandaram chamá-lo: 32. Havia uma multidão sentada ao redor de Jesus.
Então lhe disseram: "Olha, tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te
procuram." 33. Jesus perguntou: "Quem é minha mãe e meus
irmãos?" 34. Então Jesus olhou para as pessoas que estavam sentadas ao seu
redor e disse: "Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35. Quem faz a vontade
de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe."
É preciso
comprometer-se com o Reino de Deus para tomar parte na Sua família. A fé tem de
ser nosso porto seguro, não devemos semear a duvida, pois com certeza iremos
colher insegurança que será uma pedra de tropeço em nossa caminhada rumo à
santidade. Aqueles que verdadeiramente estão unidos a Cristo não se atrasam.
Texto: Ricardo e
Marta
Revisão: Padre
Rivaldo
Bibliografia: - Atlas Bíblico (Wolfgang
Zwicket - Ed. Paulinas) - Bíblia Tradução Ecumênica (Ed. Loyola) - Bíblia
Sagrada Pastoral (Ed. Paulus) - Bíblia Ave-Maria (Ed. Ave-Maria) - Dicionário
Bíblico (Ed. Paulus) - Dicionário de Símbolos (Ed. Paulus) - Coleção como ler
(Ed. Paulus)
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