Dom Paulo Mendes: Jornada Mundial da Juventude
Numa vida frenética, agitada e de muitas preocupações, as
pessoas necessitam de momentos de recolhimento e de atenções voltadas para
objetivos concretos. Isto reflete as atitudes de Marta e Maria, quando Jesus as
visita em sua casa (Lc 10, 38-42). A melhor parte ficou com Maria, que deu
atenção às palavras do Mestre. É desafiante hoje tirar tempo para ouvir,
sabendo fazer silêncio. O frenetismo é próprio da juventude. Marta e Maria
certamente eram também jovens. No jovem está concentrada a força de vida, a
esperança de um mundo melhor e mais comprometido com a dignidade do ser humano.
Mas essas forças precisam ser canalizadas para o bem e a realização humana das
pessoas.
Neste ano as atenções da Igreja se voltam para a juventude.
A Campanha da Fraternidade deu destaque para o tema: “Fraternidade e
Juventude”, acreditando na força missionária do jovem. Agora realiza mais uma
Jornada Mundial da Juventude, tendo como intenção concreta, despertar em cada
jovem seu compromisso com as realidades da cultura moderna. A cidade do Rio de
Janeiro está sendo o palco principal. A expectativa é de que milhares de jovens
do Brasil, e do mundo todo, ali se encontrem, na data de 22 a 28 deste mês, num
mega evento de confraternização. Devem ser dias marcados por muitos
acontecimentos formativos, culturais e de muita oração.
Contamos com a presença do papa Francisco realizando o
encontro da Igreja consigo mesma e com o mundo, num processo de provocar, nos
jovens e em todos os participantes, o encontro com Jesus Cristo e a motivação
missionária. Toda movimentação da semana vem sendo preparada, com muito
carinho, por uma multidão de pessoas, principalmente jovens. A JMJ Rio 2013 não
pode ser apenas um acontecimento a mais na caminhada da Igreja, mas a
descoberta do Mistério Pascal presente e encontrado na Pessoa de Jesus Cristo.
Portanto, é o encontro do jovem com outros jovens e com Deus. Só assim teremos
uma juventude feliz, responsável e construtora de uma vida marcada pela
esperança.
Texto: Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)
Fonte: CNBB
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