Ouvi, filhos de Israel, a palavra que disse o Senhor para
vós e para todas as tribos que eu retirei do Egito: Dentre todas as nações da
terra, somente a vós reconheci; por isso usarei o castigo por todas as vossas
iniquidades. Se duas pessoas caminham juntas, não é porque estão de acordo? Se
o leão ruge na selva, não é porque encontrou a presa? Se no covil rosna o
filhote do leão, não é porque agarrou sua parte?
Acaso, sem armadilha, se prende uma ave no chão? Acaso
dispara a armadilha, antes de capturar a presa? Se ressoa na cidade o toque da
trombeta, não fica a população apavorada? Se acontece uma desgraça na cidade,
não foi o Senhor que fez? Pois nada fará o Senhor Deus, que não revele o plano
a seus servos, os profetas. Ruge o leão, quem não terá medo? Falou o Senhor
Deus, quem não será seu profeta?
Eu arrasei-vos, como arrasei Sodoma e Gomorra,
e ficastes como um tição, retirado da fogueira; e, contudo, não voltastes para
mim, diz o Senhor. Por isso, assim te tratarei, Israel; e, porque sabes como te
vou tratar, prepara-te, Israel, para ajustar contas com o teu Deus. -
Palavra do Senhor.
Comentando a Liturgia: As palavras de Deus são
fortes; sem equívocos, mas misericordiosas. Antes de punir, exorta; prefere que
o povo “sinta”, à voz de um profeta, a sorte que lhe vem ao encontro. E nós, na
experiência de toda a história da salvação, sabemos que, se o povo se arrepende,
é perdoado.
Por
isso, também neste caso, quando o povo está à beira do precipício a ponto de
ser comparado à presa já encontrada pelo leão, à armadilha na qual caiu o
passarinho, ao laço que dispara porque apanhou alguma coisa, tudo ainda pode mudar;
se o povo o quiser.
Os
cristãos, novo povo de Deus, quanta coisa temos que nos censurar! Ainda hoje
temos vozes proféticas: mostram-nos nossas infidelidades, desafiando-nos a uma
fidelidade plena, coerente. Somos tentados a sufocá-las, porque incomodam,
porque são do outro lado. Contudo, são verdadeiro eco da voz de Deus! (Missal
Cotidiano, ©Paulus, 1997)
Salmo:
5,5-6. 7.
8 (R. 9a) Na vossa justiça, guiai-me, Senhor!
Não sois um Deus a quem agrade a
iniquidade, não pode o mau morar convosco; nem os ímpios poderão permanecer
perante os vossos olhos.
Detestais o que pratica a iniquidade e
destruís o mentiroso. Ó Senhor, abominais o sanguinário, o perverso e
enganador.
Eu, porém, por vossa graça generosa,
posso entrar em vossa casa. E, voltado reverente ao vosso templo, com respeito
vos adoro.
Evangelho:
Mt 8,23-27 Levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se uma grande
calmaria.
Naquele
tempo, Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. E eis que houve
uma grande tempestade no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas
ondas. Jesus, porém, dormia. Os discípulos aproximaram-se e o acordaram,
dizendo: "Senhor, salva-nos, pois estamos perecendo!"
Jesus respondeu: "Por que tendes tanto medo, homens
fracos na fé?" Então, levantando-se, ameaçou os ventos e o mar, e fez-se
uma grande calmaria. Os homens ficaram admirados e diziam: "Quem é este
homem, que até os ventos e o mar lhe obedecem?" - Palavra da Salvação.
Comentando o Evangelho (Padre
Jaldemir Vitório / Jesuíta):
A cena da tempestade acalmada retrata a vida do discípulo às
voltas com as dificuldades e os desafios que sua opção comporta. Engana-se quem
imagina poder seguir o Mestre Jesus na mais perfeita tranquilidade, sem correr
o risco de enfrentar perseguições e contrariedades. Nestas horas, é preciso
recordar-se que ele está presente, sempre pronto a impedir que seus discípulos
venham a sucumbir.
Uma leitura simbólica do texto bíblico permite-nos tirar uma
lição: entrar na barca com o Mestre, corresponde a "embarcar" na vida
dele.
A barca simboliza a Igreja, comunidade dos que aderiram a
Jesus, dispostos a partilhar sua missão e seu destino. A tempestade aponta para
as grandes crises a que a Igreja é submetida, ao longo de sua existência, de
forma a provar a autenticidade da fé dos discípulos. O grito desesperado dos
discípulos assemelha-se à súplica constante da Igreja, carente de proteção:
"Senhor, tem piedade de nós!" A bonança do mar aponta para a paz que
só ele pode dar à sua Igreja. Uma paz, porém, não isenta de toda sorte de
provações, pois, seguir Jesus é escolher um caminho arriscado e tormentoso.
Sem uma fé sólida, o discípulo não tem como perseverar no
seguimento do Mestre. E sentir-se-á como se estivesse sempre a ponto de
perecer. Só na fé encontrará força para continuar.
Liturgia Diária
Comentada 01/07/2014 Terça-feira
A Educação dos
filhos - Santo Afonso de Ligório
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Ricardo Feitosa e Marta Lúcia
Crendo e ensinando o que crê e ensina a
Santa Igreja Católica
PARABÉNS RICARDO e MARTA! A minha FÉ não é a mesma depois do ensinamento e conhecimento que tive pós página "CATÓLICOS COM JESUS" Não foi por um acaso que surgiu no meu caminho. PAZ EM CRISTO JESUS! Carlos / Paróquia Imaculado Coração de Maria/ GYN/GO
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